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domingo, 9 de março de 2014

Licença, Mulheres.

Este texto é uma releitura de Larissa Martins (que faz parte do Coletivo Rosa Bordô) do poema de Adélia Prado, que fez a releitura do poema do Carlos Drummond de Andrade.

 (Desenho de Jéssica B. Valeriano inspirado na música "lute pela sua vida" da banda de punk rock feminista de Brasília Bulimia e que está no Fanzine "Triângulo de Chico")

Quando nasci
Nenhum anjo,
fada ou querubim
Veio me anunciar
Ninguém disse nada.
Bruxas nascem de surpresa.

Cuidam da Terra
Conhecem mistérios
Natureza
Sangue Gaia

As mulheres passam cheias de lutas
Pelas casas, pelas ruas, nuas
À frente dos bondes
Pensam em parto sem dor,
Liberdade do corpo
Autonomia de vida

Se fazem, se mexem, se pensam, se vestem,
tanto faz: estereotipadas estarão.
Pra que tanto machismo, deusas?
Pergunta o meu coração.
Porém os padrões não perguntam nada.

Eu nem devia dizer
mas essa luta
mas esse feminismo
botam a gente comovida contra o machismo.

Ser desdobrável é maldição para mulheres
Vadia, libertação.
Eu sou!

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